São oito horas da manhã, ele se levanta, se arruma e sai para o trabalho.
Em seu rosto não há nada de diferente, a mesma expressão de todo o dia, porém, em seu coração há algo diferente, um temor, mas qual seria? O do desemprego? Do desabamento pessoal? Da morte?
Ao chegar em seu trabalho fica firme como se tudo estivesse bem.
Chegou às dezoito horas, a tão esperada hora, então vai para sua casa.
Abre a porta, logo vê sua esposa e ela diz:
- Tudo bem querido?
- Sim querida, está tudo bem. Responde e sobe para o quarto.
Deitado em sua cama, seus pensamentos o pertubam, crises de choro não o largam e em meio a um desespero o pânico o pega, não há mais o que fazer, tudo é cinza, tudo escurece diante de seus olhos, seus lábios se mexem e palavras sem sons saem: "Socorre-me Senhor".
Percebe então que tem deixado o medo o dominar, mesmo tendo dois caminhos a seguir: esperança e temor; sempre o temor o domina, em todas as situações.
Ninguém sabe, ninguém precisa saber, é um homem bem-sucedido, tem sua família, tem seu emprego, tem seu cargo, mas o que isso ajuda nesses momentos? Não sabe como fugir, não sabe como reagir, não sabe recorrer a Quem lhe pode ajudar, não há esperança, não há nada.
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